segunda-feira, 4 de julho de 2011

Câmbio e Passador - Por Alcir Teixeira

Entendendo Cambio e Passador

CAMBIO E PASSADOR
O sistema de troca de marchas da bicicleta é composto por câmbios traseiros, câmbios dianteiros (opcional) e passador de marcha. Além de claro, a transmissão, com engrenagens especiais que facilitam as mudanças e serão tratadas em outro texto.

Os câmbios são responsáveis pelo movimento da corrente sobre as engrenagens (chamadas de cassete, na roda traseira) e coroas (no pedivela). A combinação entre as engrenagens do cassete e a coroa, é o que torna possível uma pedalada com mais giro e menos força ou o oposto. A eficiência de um sistema marcha esta na rapidez, suavidade e precisão com que as mudanças são feitas.

:: Passadores

Existem três modelos principais de passadores de marcha, os Thumbshift, os Rapid Fire e os Grip Shift. A diferença entre os três sistemas é o modo como os passadores estão disponíveis no guidão, a posição junto à manopla e o modo como as trocas de marcha são efetuadas.

O passador para o câmbio traseiro fica do lado direito do guidon e para o câmbio dianteiro do lado esquerdo. Apesar de terem o mesmo aspecto, cada lado tem o funcionamento interno diferente, já que o câmbio e número de marchas diferem. Também são diferentes os passadores para diferentes quantidades de marchas, ou seja, existem passadores para 6, 7, 8, 9 e até 10 marchas, sendo os mais populares os de 8(MTB), 9 (MTB) e 10 (speed).

O thumbshift é um sistema já ultrapassado e encontrado somente em bikes de passeio mais antigas. É composto de uma alavanca que fica presa ao guidon virada pra cima e que o ciclista a gira com o polegar até efetuar a mudança para a próxima marcha. É lento, fica em uma posição não muito confortável e mais difícil de regular, caindo, assim, em desuso.

O gripshift é um sistema composto por um "anel" inserido no guidon, lembrando o acelerador de uma moto. A mudança de marcha é feita girando esse anel de um lado para o outro. É o segundo sistema mais popular, tendo como vantagens o menor peso, a mudança rápida de marchas (pode-se girar da primeira até a última marcha facilmente) e é menos sujeito a quebrar no caso de uma queda, pois não possui alavancas.

O rapidfire é o sistema mais aceito e consiste de duas alavancas de trocas, uma para aumentar e outra para diminuir a marcha. É bem suave e ao contrário do gripshift, não tem muito risco de passar marchas acidentalmente. É também ligeiramente mais pesado, porém é o mais popular por ser o mais confortável de usar, pois devido a sua posição, basta usar o polegar e o indicador, sem ter que mudar a posição da mão no guidon.

OBS:
Existe um passador especial da Shimano, chamado Dual-Control. Não foi citado no grupo principal, pois é usado apenas pela Shimano e não se tornou popular. O sistema permite a mudança de marchar ao se empurrar para cima ou para baixo a alavanca de freio (manete).


:: Câmbios Traseiros

Os câmbios traseiros são também conhecidos por alguns como "macaquinho". É um sistema em paralelogramo preso por uma mola e um braço também com uma mola. Sua função é tensionar e alinhar a corrente para que se mova entre as engrenagens do cassete.

O que diferencia um bom câmbio de um ruim é a qualidade dos materiais e peso. Alguns tem peças de plástico, enquanto outros usam alumínio e até fibra de carbono.

Outra diferença entre câmbios é o tamanho do braço. Existem os três tamanhos: short, medium e long cage. Cada um deles serve para diferentes tamanhos de coroas e cassetes, já que em speed a maior catrata de um cassete chega a 27 dentes e em mountain biking chega a 34.


:: Câmbios dianteiros

Os câmbios dianteiros possuem um mecanismo bem simples: uma haste de metal é movida para esquerda ou direito, empurrando a corrente para uma das duas ou das três coroas. Fica montado ao redor do tubo de selin e pode ter mais de um diâmetro. Ainda existem uns modelos especiais que se encaixam no movimento central do quadro, por não caber ou não ter angulo no tubo do selim.


OBS: As principais marcas no mountain biking, Shimano e SRAM, possuem padrões diferentes de passadores e câmbios. Esses sistemas não são intercambiáveis, portanto passador de uma marca só funciona com câmbio da mesma marca.





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