segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Mecânica básica em bicicletas



I - CONSIDERAÇÕES GERAIS DE MANUNTENÇÃO DE SUA BICICLETA


Todo equipamento mecânico necessita de cuidados para que possa funcionar satisfatoriamente. Locais com lama, areia, barro, maresia ou se passar for molhada por uma chuva forte é necessário que se faça uma nova lubrificação na corrente além de limpá-la.


   1 -     Limpeza do quadro 


Caso não tenhas o suporte para suspender a bicicleta, utilize duas cordas amarradas a um teto  ou  um lugar alto e coloque uma ponta amarrada no canote do selim, e outra no avanço do guidão.
Nunca lave a bicicleta com querosene  ou solventes que podem  penetrar e tirar as graxas dos rolamentos. Importante salientar que  óleo de cozinha não deve ser usado para limpar a bicicleta. Ao utilizar o óleo lubrificante na corrente, não exagere na quantidade do mesmo.

Retire as duas rodas, lave com água e sabão neutro, somente os lugares onde a água não penetre nas caixas (central e direção), nessas partes use um pano úmido com água, mas se houver "crostas" de sujeiras agarradas use um pano úmido antes embebido com óleo diesel ou querosene, (não use perto dos adesivos, para que o solvente não os descole), logo em seguida seque com um pano macio tipo flanela. No caso de muita lama , deixe secar bem e retire o excesso com uma escova, depois faça a limpeza citada acima.

 II - MANUTENÇÃO  E SISTEMA DE TRANSMISSÃO

1 - Limpeza da corrente

Limpe bem a corrente com uma escova ou pincel embebida com querosene ou óleo diesel, não deixando escorrer para outras partes da bicicleta. Não esqueça de colocar debaixo da bicicleta uma espécie de bandeja, como as de pintura de paredes, para recolher o material usado e não sujar o local. Não limpe a corrente com as  rodas no lugar, pois a sujeira dissolvida com o querosene ou o óleo diesel vai para dentro do cassete (pinhão).
 Escove também com querosene as engrenagens próximas à corrente, com cuidado para não deixar entrar no cubo ou no eixo da roda.
 Lave a bicicleta com água e sabão neutro com uma esponja suave por causa da pintura .
 Depois enxague e seque com pano macio.
Seque e limpe as sapatas de freio com thinner ou acetona.
 Relubrifique a corrente com duas a três gotas em cada junção de elos da corrente.
Use uma escova de aço com cabo para tirar toda a crosta e depois um pano úmido com querosene ou óleo diesel entre os pinhões para retirar o resto que ficou. 
O mais indicado é retirar as catracas.


Veja este vídeo sobre dicas de bike, sobre limpeza e lubrificação de corrente. Também nesta mesma página, há outros links com vídeos de outras manutenções:








2 - Limpeza de câmbios

2.1 - Câmbio dianteiro
Câmbio dianteiro
Antes utilize um pincel e retire toda a sujeira a seco, depois use detergente neutro com água, caso haja muita crosta, será necessário usar querosene ou óleo diesel com um pincel. Tome cuidado para que a sujeira diluída, não caia na caixa central, para isso, se possível use o artifício de trabalhar com a bicicleta deitada de lado, ou então limpe somente com pano úmido.







2.2-Câmbio traseiro
Câmbio traseiro
Retire a roda, pois isto levaria os detritos para o interior da catraca e do cubo.

Utilize o mesmo procedimento descrito acima.

3 - Inspeção na corrente

Com já descrito anteriormente sobre a manutenção da correte (ver em Dicas de manutenção e afins), para ver se a mesma está danificado ou com sua vida útil comprometida,  segure a corrente e puxe-a para fora do prato, se esta ceder sem oferecer resistência contrária, e exibir os dentes do prato, deve ser feita a substituição. Em geral quando se substitui a corrente, faz-se também a substituição da catraca, para que haja um ajuste adequado entre os dois.
Verifique o desgaste dos dentes do prato, se estiverem curvos nas pontas no sentido da força de tração da corrente e com as pontas afinadas, o prato deve ser substituído.
Não use pratos gasto, pois o nível de segurança é crítico, quando for preciso fazer força (no caso de um sprint, os dentes da corrente podem pular do prato causando quedas.
Verifique sempre o estado da catraca, só a mantenha se os seus dentes ainda estão preservados sem, deformação. Se o conjunto for do tipo indexado, todo o conjunto deve ser substituído e todas as peças compatíveis, sempre todas da mesma marca.

 4 - Limpeza da catraca


Utilize  uma escova de aço com cabo para tirar toda a crosta e depois um pano úmido com querosene ou óleo diesel entre os pinhões para retirar o resto que ficou.O mais indicado é retirar  as catracas.

5 - Regulagem do câmbio

Pendure a sua bike, faça um chekup no seu câmbio, tanto o traseiro, com o dianteiro, verifique se existem folgas, pois isso dificulta muito a precisão durante a troca de marchas. Verifique o estado das roldanas do câmbio traseiro, se estiverem gastas, deve ser feita a substituição.

Existem dois parafusos, tanto no câmbio traseiro,(1 e 2) como no dianteiro, a função desses parafusos é limitar a ação do câmbio, tanto para cima, como para baixo, em geral tem a letra "H"(high) para cima e "L"(low) para baixo
Para cima - pinhão maior: Ajustar o parafuso para que a corrente não caia entre os raios e a catraca, o que em geral causa grandes estragos. Faça agora o ajuste fino na regulagem que existe no próprio câmbio, na parte que o cabo se insere. No caso dos câmbio indexados deve-se fazer o ajuste "fino" (3) verificando todas as trocas.
Para baixo - pinhão menor: com a corrente na coroa menor no caso das estradeiras e na intermediária no caso das Mtb. Deixe que a corrente desça até o pinhão menor, faça ainda uma análise visual por trás para verificar o alinhamento do câmbio, se este esta bem encaixado, aperte (somente encostando) o parafuso, para que a corrente não caia entre o pinhão e a gancheira.
Verifique o tamanho da corrente. (1) Com a corrente na coroa maior e no pinhão menor o parafuso superior e o inferior devem estar alinhados em uma reta perpendicular ou solo.



    6 - Regulagem de freios


 A grande maioria dos freios não estão regulados e muitas bicicletas estão transitando sem freios. Fique atento pois  não é só alinhar corretamente as sapatas. É preciso que o sistema esteja ajustado às necessidades do ciclista.
V-Brake
 Evite utilizar manetes de plástico;  cabos de freio baratos, pouco flexíveis ou de baixa qualidade (você dobra e ele fica na posição que foi dobrado);  freios fabricados em chapa de aço;  freios fabricados em alumínio fundido;  aros de aço;  comprar componentes do sistema de freio em separado porque podem não ser compatíveis entre si.
 6.1 Recomenda-se 
O ideal é utilizar materiais que te ofereçam segurança como as manetes de alumínio forjado; manetes com ajuste de curso; cabos, conduites e sapatas para reposição que sejam da mesma marca do original; cabos de freio com vários filamentos, que sejam bem flexíveis ou importados; que os freios tenham ajuste de pressão de mola.

Há vários sistemas de freio, uns com maior ou menor poder de frenagem. É vital que o sistema funcione bem e não quebre no momento de emergência, fato muito comum com freios e componentes de má qualidade.
O importante é que a bicicleta pare com precisão, sem trancos e sem que a roda trave e arraste no chão. O ciclista deve sempre parar a tempo sem ser cuspido da bicicleta.

6.2 - Checagem inicial para o correto ajuste do freio:
a) Roda
1. a roda deve estar bem presa e perfeitamente alinhada e centrada no quadro ou garfo
2. o aro não pode ter deformações
3. o aro deve estar seco; não pode estar engordurado
b) Cabo e conduite
1. o cabo deve estar em perfeitas condições em ambas as extremidades, mesmo assim sempre leve em consideração que cabo novo é uma ótima garantia.
2. conduite mal cortado (muito comum) fica com rebarba nas pontas, o que pode cortar o cabo. Deixe as pontas planas e sem rebarbas.
c) Sapatas de freio
1. toda sapata de freio tem rebaixos na borracha que servem como marca de desgaste. Quando estes rebaixos estão prestes a desaparecer, é porque está na hora de trocar a sapata.
2. caso a regulagem anterior tenha deformado a sapata de freio, recomendamos a troca mesmo que ainda tenha uma certa vida útil.
d) Pivôs de freio
Todo freio mecânico trabalha sobre um pivô ou um eixo. Normalmente este pivô contém uma mola de retorno do freio necessária para que a sapata não fique constantemente encostada no aro.
1. veja se não há uma folga muito grande ou se o freio está preso e não gira no pivô.
2. se há folga, aperte o parafuso de fixação do freio, porém, sem travá-lo. No caso de freio ferradura, aperte a porca e trave-a com a contra-porca, tirando a folga do sistema, mas sem travar o livre funcionamento do freio.

6.3 - Regulagem do freio 

6.3.3 Trocando as sapatas de freio:
1. coloque as duas sapatas no freio e só aperte a porca o suficiente para que a sapata não caia no chão;
2. a posição correta da sapata é em paralelo com a parede e a borda inferior do aro;
3. com um dedo pressione suavemente a sapata contra o aro para evitar que saia da posição paralela ao aro;
4. aperte um pouco a porca de um lado e depois do outro;
5. as duas alavancas de freios devem ter, de preferência, o mesmo ângulo de inclinação nos dois lados, formando um "V" perfeito (aberto para cima, exatamente como a letra V);
6. a sapata de freio deve guardar distância do seu freio igual ou próxima da sapata que fica do outro lado do aro. É a única maneira de se conseguir o "V" perfeito no sistema de freio. Isto é importante principalmente no freio cantilever.
As sapatas dos freios, em especial as de um cantilever, sofrem tendência de movimentar-se no sentido do centro da roda quando acionados com a bicicleta em movimento. Portanto, evite regular as sapatas com seus eixos posicionados na horizontal ou apontando para o centro da roda.


6.3.3 - Ajuste final
1. Cheque mais uma vez para ver se as sapatas se encontram perfeitamente em paralelo com o aro;
2. Aperte suavemente a porca de fixação da sapata, segurando-a com os dedos para que não saia de posição na hora do aperto;
3. Acione o sistema de freio para checar se as duas sapatas encostam no aro em posição semelhante. As sapatas devem ser ajustadas com a mesma distância do aro, tornando assim a frenagem mais eficiente.
4. Dê o último aperto nas sapatas e faça a última checagem para certificar se está tudo bem. 





Espero tê-los auxiliado nesta pesquisa.

Dinara .:.:.


Fonte: 



2 comentários:

  1. Olha, Dinara e Erildo, essa dica não é só importante para manutenção da bike, mas também para o ciclista conhecer a mecânica com mais profundidade, o que o levará a fazer escolha certa na hora da compra das peças.

    Parabéns pela postagem!

    Abraços para ambos do amigo de sempre da Ciclopeças do Messias!

    ResponderExcluir
  2. Exatamente esta é a ideia. O ciclista, mesmo aquele que não a utiliza para o desporto, deve conhecê-la e saber o que pode fazer na parte básica bem como que esta seja limpa e guardada sem que peças fiquem prejudicadas por falta de limpeza.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.